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ROGÉRIO MARQUES COSTA
( BRASIL - MINAS GERAIS )
Passa Tempo – MG
ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA 1995. Organizador : Laís Costa Velho. Rio de Janeiro: CODPOE – Cooperativa de Poetas e Escritores, 1995. 116 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
SONETO DO BEM
“Fazes o bem e não olhes a quem”,
preleciona o ditado popular.
Correspondente à vontade que alguém
deseja que muito amor praticar.
O bem produz amor, que o mal não tem,
na consciência de quem sabe dar.
Mas vale, diz o velho, que vintém.
no gesto e na arte de saber amar.
Se assim fizeres, tu serás feliz,
porque nesta atitude solidária,
não há quem julgues, que seja juiz.
Virtude não é arte literária,
mas o belo para deixar gravado
no coração que possui predicado!
CENA POÉTICA 10 - POESIA & PROSA. Adircilene Batista; e outros. Belo Horizonte, MG: RS Edições,
2024. 216 p. Exemplar da biblioteca de Salomão Sousa
Alquimia da Pedra*
A pedra do caminho ali fincada,
pisada por poetas e pensantes.
Quiçá filosofal, pois era amada,
na mente, feitos brilhos vislumbrantes.
A pedra foi estaca assinalada,
que no poema marcou os amantes,
passando pela vida atribulada,
foi aura dos sinais estimulantes.
Firmou também na singeleza da alma,
que tinha sensação não muito calma,
porém foi símbolo de uma bonança.
O verde, como a cor da esperança,
tal qual o tom d esmeralda brilhante,
o propulsor dos encanto contagiante.
*
Soneto premiado em 4º. Lugar no IV Concurso Literário Foed Castro
Chamma, da Academia de Letras, Artes e Ciências do Sul do Paraná, na cidade de Irati, em 22/7/2023.
Duas Aldravias
I
Expresso
café
poema
livre
pensamento
vago
II
Prima
vera
enfeite
vergel
cores
flores
Manifesto Social
Uns defecam cheiroso, outros, odor.
Entre humanos esta ufania impera,
porém, não sucumbe o esperado amor,
eis o princípio da mais remota era.
É odioso defecar terror
num tempo que se clama e que espera
o beneplácito do Salvador,
lição sensível que ao universo gera.
Doutos senhores, ditam regramento,
com seus discursos, extrai-se excremento.
No púlpito, escorgita-se fé vil,
com a doutrina ignóbil e servil.
Liberam-nos com a poética aberta,
erudição e chulo, na hora certa...
*
Página ampliada e republicada em dezembro de 2025.
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html
Página publicada em agosto de 2023
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